31 outubro 2006

NÃO CARREGUES NESTE BOTÃO!!!

30 outubro 2006

A blogosfera está mais rica

Olá outra vez

Como o título indica, a blogosfera está mais rica.

Porquê? Porque há um novo blog, porque é que haveria de ser?

Chama-se Cão Engarrafado e acho que vai valer a pena.

Vale com certeza a pena ir ver PORQUÊ que se chama assim...

Fiquem bem,
Lumitoca

Exploração por estrada

Olá

Esta semana, no passeio dominical, resolvemos [eu e o Obelisko, quem mais??] ir explorar o país para os lados de Aveiro, pela N109.

Não chegamos tão longe, até porque resolvemos seguir um grupo enormérrimo que passou por nós e, ali para os lados de não faço ideia onde, viramos à direita.
Como nunca mais os vimos, toca de explorar as estradas onde estávamos.
Ao passar por uma placa que indicava "Cais do Bico" resolvemos ir procurar... Deixei-se lá de risinhos parvos [eh eh eh] que é mesmo assim que se chama e é um local espectacular na Ria.
Não encontramos mais nenhuma placa [quem diria] e não encontramos também o dito cais. Chegamos no entanto a um sítio bonito na Ria e voltamos para trás.

Também não voltamos a encontrar a rotunda de onde havíamos partido à procura do cais do bico mas depois de algumas pedaladas, lá vimos uma placa que indicava o caminho da Torreira.
A partir daí o único ponto novo digo de nota foi a ponte e a recta que a antecede.

Depois do pequeno almoço a ver os barquinhos na Ria, demos corda aos pedais e voltamos à Feira.

No final, 69 km's [outra vez esses sorrisos????] com a fantástica média de 25,54 km/h.

Fiquem bem,
Lumitoca

27 outubro 2006

Passeio "estradístico" noctuno

Olá

Hoje voltei às voltinhas de 5ª feira à noite.
Alcatrão, pois claro, que isto de sair sozinho à noite tem muito que se lhe diga!

Um belo exercício com uma subida de quase 15 km's...

No final, 37 km's foi o que marcou o aparelho de "telemetria"!

Fiquem bem,
Lumitoca

25 outubro 2006

[Mini] Maratona Vale do Vouga

Olá

Por cortesia da organização deste fantástico evento, já há provas da minha participação.

Ó pra mim aqui em primeiríssimo plano:

Até parece que estou cansado, não parece? E a coisa ainda estava no início...

Fiquem bem,
Lumitoca

23 outubro 2006

Chuvinha Domingueira

Domingo é, como toda a gente sabe, dia de vestir o melhor fato, cumprir as obrigações religiosas e passar um bocado com a família e amigos no "café central" ali no largo da igreja, antes de ir para casa onde nos espera uma refeição reforçada...

Ou então, vestir umas calças de lycra e ir pedalar à chuva!!!

E foi o que este humilde escriba e seu amigo Obelisko resolveram fazer...

Depois de um Sábado em que de tarde houve festa de anos do miúdo, com 12 crianças "a cargo" [acreditem que não é fácil] e à noite houve a festa de anos do sogro, com cantigas ao desafio e tudo, lá reuni as forças necessárias para abandonar os abençoados cobertores e rumar, cheio de sono, para o ponto de encontro: O "Feira Nova" de Santa Maria da Feira.

Lá chegado, tive ganas de experimentar o pedaleiro novo e resolvi dar umas voltinhas pelo pequeno pedaço de mato que ali existe, aproveitando para "fazer horas". Acabei, num momento de menor lucidez e já no alcatrão, por testar a lei da gravidade e amaldiçoar Newton por a ter inventado!

Resultado: um joelho esfolado e uma mão nas mesmas condições. Ainda me dói mas não é nada de mais.

Depois da reunião com o Obelisko, lá chegamos à conclusão que fazemos parte do grupo dos "doentes" porque a chuva caía com força mas para nós não se colocou qualquer questão quanto à possibilidade de estar a fazer outra coisa, eventualmente mais abrigada.

Era dia de alcatrão, por isso rumamos ao Furadouro, para virar à direita na N109 e levar as montadas até Esmoriz. Esta parte fez-se bem, com vento pela frente mas como era a descer até ao Furadouro... acabou por compensar. Já na N109 foi um pouco mais duro, mas ainda estávamos frescos e o passeio não prometia grandes dificuldades.

Chegados a Esmoriz, voltamos a fazer a estrada da mata em direcção ao Furadouro, para constatar a reduzidíssima presença de ciclistas nesta verdadeira Meca da roda fina!! Pouco mais de uma dúzia no total, se tanto, e alguns montavam tractores como eu.

Depois do pequeno almoço, ala para Ovar e alguma exploração, quando ocorre a ideia de irmos até ao antigo cais do sal, no meio da Ria.

É tudo alcatrão, embora muito mau em alguns sítios. Mas é uma paisagem belíssima. Tenho pena de não ter fotos. É mesmo do melhor que há. O cais é um beco sem saída, no meio de canaviais e pântano e canais navegáveis apenas por bote. Parece que estamos num programa da National Geographic...

Valeu a pena mas ainda tínhamos que voltar para casa, por isso toca de dar corda aos pedais e fazer o percurso de volta.

Cheguei ao fim da manhã cansado, fruto não só do tempo adverso mas principalmente de 15 dias sem exercício e de uma noite "bem passada"...

No final, 59 km's em 2h54' foi o que ficou registado.

Fiquem bem,
Lumitoca

09 outubro 2006

Clássica Feira-Porto-Feira

Olá

Decorreu neste último Domingo a Clássica Feira-Porto-Feira. Este mítico evento, este verdadeiro marco levou um pelotão de dois pela N109, pela Afurada, junto ao Rio Douro num espectacular percurso urbano e puxadinho quanto baste.

Os membros do enorme pelotão tiveram apenas tempo para uma pequena paragem contemplativa e um café na Praça do Cubo da Ribeira e para uma paragem técnica, jà na volta, porque vidros e pneus de bicicleta não costumam ser lá muito compatíveis.

No fim, 75 km's em pouco mais de três horas e meia a pedalar foi o que ficou registado.

É um passeio a repetir, principalmente devido à parte entre a Afurada e a Ribeira...

Fiquem bem,
Lumitoca

04 outubro 2006

Vale do Vouga - Estatísticas finais [?]

Olá

Estive a brincar com uma folha de cálculo e com as listas de inscritos e de tempos e as estatísticas são:

No total houve 455 inscritos:
258 na de 40 km's.
197 na de 80 km's.

No total houve 58 "trocas" de maratona:
Dos inscritos na de 40 km's, 5 fizeram os 80.
Dos inscritos na de 80 km's, 54 fizeram os 40.

No total houve 57 atletas que não terminaram:
Dos inscritos na de 40 km's, 33 não terminaram ou nem sequer começaram.
Dos inscritos na de 80 km's, 24 não terminaram ou nem sequer começaram.

No total houve 398 atletas que terminaram a prova:
273 atletas terminaram os 40 km's.
125 atletas terminaram os 80 km's.


As classificações oficiais da minha "trupe" foram:

Dor. Maratona Class Tempo
94 40 kms 173º 3:27:08
106 40 kms 111º 3:07:01
111 80 kms 70º 5:42:21

Fiquem bem,
Lumitoca

02 outubro 2006

Maratona Vale do Vouga - Relato

O dia da maratona começou cedo. Muito cedo. Tão cedo que ainda era o dia anterior. Fui conhecer o caminho de casa até lá, levantar os dorsais e tentar perceber onde estacionar, no Sábado.


Já no Domingo, a alvorada teve lugar às 5:30. A constipação estava mais agressiva e passei quase uma hora a espirrar. Praticamente à hora marcada apareceram os dois companheiros de aventura: o Gil no seu enorme furgão e o Carlos. E lá foram os três "gandas maluques", às 6:30 da manhã de um chuvoso Domingo, vestidos de licra e cheios de expectativa.
Quem por acaso nos tiver visto, ou também ia para uma prova destas ou deve ter feito uns comentários curiosos...

Chegados ao local, constatamos que éramos praticamente os primeiros. Estacionamos onde e como nos deu mais jeito, apenas preocupados com a possibilidade de ficarmos "presos" pois o Carlos tinha que regressar a casa cedo. Colocamos os dorsais, tomamos café, cumprimentamos muita gente, experimentamos uma espécie de adrenalina de antecipação... Vimos muitos muitos sorrisos. Muita gente contente, molhada e cheia de "pica" para começar.

E, pouco depois das 9:00, começou mesmo!!!
Uma volta pela freguesia, para o povo apoiar os atletas e ver as bicicletas a passar e toca de entrar no mato.
Ainda bem que a chuva parou, pensei. Perdi, logo na partida, o Carlos de vista. Deixei-o ir sossegado porque me pareceu que uma âncora não lhe dava grande jeito. :-)

50 metros depois de entrar nos trilhos ouço um bem sonoro FILHA DA PxTx!
Levantei os olhos e vejo o primeiro contratempo do dia: um furo! Uns metros à frente: outro furo... esta imagem havia de repetir-se bastante durante os primeiros 5 km's. Nunca pensei que fosse possível, em tão pouco tempo, ver tanta gente encostada. Uma corrente partida estragou a participação a uma das atletas femininas. E o barulho que algumas correntes já faziam não deixava dúvidas: vai ser uma semana em grande para os mecânicos. Desviadores a não desviar, sapatos a não encaixar, pedais a partir... vi e ouvi de tudo.

E porquê? Porque esta foi a maratona do festival de lama.
Havia uma lama espectacular para o belo do malho. Sensacional para o espalhanço. Era ver as rodas a patinar, os participantes a "rabiar", tudo a escorregar e o equilíbrio a ser uma nova forma de arte. Principalmente nos primeiros km's em que a aglomeração de bicicletas era maior.

Apesar de uma partida relativamente perto da cabeça do pelotão, surpreendi-me ao ultrapassar vários participantes e conseguir manter-me relativamente à vontade. Claro que, com tanta gente nos trilhos, se notava alguma falta de prática em partilhar a largura disponível. Quem lá esteve reparou com certeza neste maçarico.

Pouco tempo depois das primeiras picadas, feitas a pé mais uma vez pela aglomeração de concorrentes, comecei a ceder posições. Estava nesta fase ainda preocupado com a minha forma física e com o facto do terreno estar muito pesado e isso se notar no cansaço que apareceu muito cedo.

Mas estava a adorar. Era tudo o que eu estava à espera.
A lama que eu adoro foi um incentivo extra e, passados os 5 km's iniciais de "aquecimento", comecei a ficar mais confiante e a "curtir" o passeio.

Os trilhos eram uma maravilha. Apanhei dois sustos, um maior do que o outro, em outros tantos "buracos". Pareciam half-pipes de um qualquer skate parque. Quem não conseguisse subir com o lanço, não sei como faria. Também não sei como é que eu fiz, acho que fechei os olhos e me lancei ao obstáculo... correu bem e, quando na volta lá passei outra vez, já parecia um profissional...

A lama era interrompida nesta fase apenas por mais lama e por poças de lama líquida.
O pelotão começou a esticar e já era mais fácil andar nos trilhos e ceder a passagem ao pessoal.

Ao km 18 o abastecimento.
Num sítio impecável, um abastecimento para ninguém "botar" defeito: água, maçãs, bananas, barritas diversas e até óleo que me foi muito útil nos pedais.

Nesta fase eu já estava provavelmente perto da posição que viria a ocupar no final. Já havia menos ultrapassagens. Mas encontrei, ou melhor, fui encontrado por um conhecido. Fizemos uma parte do caminho a seguir juntos mas pouco depois da escolha entre os 80 e os 40 km's acabei por ficar sozinho pois as pernas já pesavam bastante e estávamos a pedalar para o ponto mais alto da prova. A partir daqui fiquei sem conta quilómetros o que foi bastante chato porque não sabia quanto faltava.
Pedalei sozinho imenso tempo, por trilhos, po
r mais lama, por descidas e outras picadas. Pensei que era o último. Afinal, fui apanhado por alguns atletas. Depois eles seguiram e eu voltei a ficar sozinho. Aqui já estava em esforço. As dores nas pernas eram já bastantes e as caimbras apareceram em força. Mais isostar, mais uma barrita, mais água e toca de pedalar.

Depois... caí!
Caí por cansaço, por não ter atenção suficiente. Entrei em mais uma poça com a mudança demasiado pesada, não consegui corrigir... parei e "encostei ao chão"! Curioso o comentário do atleta que me viu nesta situação: "Então você decidiu tomar banho agora? Isso é só no fim!"

Lá segui em esforço e fui apanhado por outro atleta que acompanhei até ao último controlo.
Enquanto íamos juntos, tivemos um momento engraçado: passamos por um indivíduo que ia na sua bicicleta pelo caminho e nos diz: "virem aqui... virem aqui que é mais rápido!". Sorrimos e seguimos as indicações apenas para o tornar a encontrar mais à frente. "Eu bem vos disse". Ainda nos rimos um bocado com a situação e respondemos: "E se estivesse ali o controlo?" ... " Ahhh isso é mais ali a diante" foi a resposta. eh eh.

Depois segui sozinho novamente, sempre a negociar o equilíbrio por causa da lama e por causa das fantásticas descidas. Travar aqui era por vezes uma aventura. Fiz, de raiva depois de ter caído, uma curva a descer sempre em "slide" que acho que nunca mais consigo repetir!

Os regos de água acrescentavam dificuldades ao já de si técnicos trilhos. Por várias vezes desejei ter uma máquina de suspensão total, mas mais nas áreas em que o piso me martelava as costas e obrigava a pedalar de pé. Mas a cabrita portou-se de forma a calar estes pensamentos, pois não houve obstáculo que não fosse negociado com sucesso e confiança. Mesmo os derrapanços nas descidas. Várias vezes tremi ao passar em pedras e em curvas acentuadas e cheias de marcas de água, apenas para sorrir quando ultrapassava o obstáculo.

Já perto do fim, um dos momentos do dia: numa casa à face do caminho, dois miúdos pequenos estavam, deliciados, a ver passar as bicicletas. O mais pequeno perguntou-me: "Estás cansado?". "Estou", disse-lhe eu. "Muito ou pouco?". "Muito". "Ahhhh" responde ele e olha para o irmão [?] com ar de quem ganhou uma aposta e estica-me o braço com o polegar para cima e um grande sorriso.

Daqui até ao fim, não houve grande história. Apenas me passou a ideia de que era o último porque passei por alguns participantes que estavam claramente em situação de muito esforço.

Nesta fase reparei em algo que me alegrou. Vi muito pouco lixo. Quer lixo deixado por vândalos nos trilhos tipo lixeira quer lixo da própria maratona. Pouca gente deitou para o chão a prata da barrita ou a garrafa da bebida. Senti-me agradecido a todos por isso. Apesar de ainda haver alguns idiotas, parecem estar em extinção.

Depois de passar a meta estava estourado mas MUITO contente. Procurei o Carlos, que encontrei já a arrumar a bike e a preparar-se para ir embora. Lavei a cabrita, fui tomar banho e comer. Esperei pelo Gil, que fez os 80 km. Perguntei o meu lugar: 174º [249 à partida para os 40km] em 3:27'. O Gil ficou em 70º nos 80 km. Já não ficamos para a entrega dos prémios nem para o sorteio. Seria demasiado tarde para quem tem dois putos e uma mulher em casa à espera.

Entretanto, enquanto esperava pelo Gil outro momento que eu não esperava.
Uma senhora, de avançada idade, estava um pouco atarantada com o movimento. À minha passagem perguntou: "Então já acabou a festa?". "Não... Ainda vai continuar."..."De onde vem tanta gente?"... "De todo o País... Do Porto, de Lisboa, de muitos sítios..."..."Ninguém se magoou pois não? Isso é que é importante!!". E ali ficou, a ver "a festa".

Hoje, enquanto escrevo este post, chego a uma conclusão engraçada: trabalhar faz doer as pernas. Ontem acabei a maratona cansado mas sem dores e hoje venho de trabalhar com o corpo bem dorido.

Fiquem bem,
Lumitoca

PS:
Um último comentário para a organização. ESPECTACULAR. Foi a minha primeira participação mas a quantidade de gente nos trilhos, nos cruzamentos, os controlos, o abastecimento, o almoço, as "patrulhas" de moto quatro e motorizada, a sinalização excelente, os duches... não deixam dúvidas quanto ao esforço e à atenção a todos os pormenores. Estava tudo IMPECÁVEL. Correu TUDO de forma excelente.

Para o ano, contem comigo!