23 outubro 2006

Chuvinha Domingueira

Domingo é, como toda a gente sabe, dia de vestir o melhor fato, cumprir as obrigações religiosas e passar um bocado com a família e amigos no "café central" ali no largo da igreja, antes de ir para casa onde nos espera uma refeição reforçada...

Ou então, vestir umas calças de lycra e ir pedalar à chuva!!!

E foi o que este humilde escriba e seu amigo Obelisko resolveram fazer...

Depois de um Sábado em que de tarde houve festa de anos do miúdo, com 12 crianças "a cargo" [acreditem que não é fácil] e à noite houve a festa de anos do sogro, com cantigas ao desafio e tudo, lá reuni as forças necessárias para abandonar os abençoados cobertores e rumar, cheio de sono, para o ponto de encontro: O "Feira Nova" de Santa Maria da Feira.

Lá chegado, tive ganas de experimentar o pedaleiro novo e resolvi dar umas voltinhas pelo pequeno pedaço de mato que ali existe, aproveitando para "fazer horas". Acabei, num momento de menor lucidez e já no alcatrão, por testar a lei da gravidade e amaldiçoar Newton por a ter inventado!

Resultado: um joelho esfolado e uma mão nas mesmas condições. Ainda me dói mas não é nada de mais.

Depois da reunião com o Obelisko, lá chegamos à conclusão que fazemos parte do grupo dos "doentes" porque a chuva caía com força mas para nós não se colocou qualquer questão quanto à possibilidade de estar a fazer outra coisa, eventualmente mais abrigada.

Era dia de alcatrão, por isso rumamos ao Furadouro, para virar à direita na N109 e levar as montadas até Esmoriz. Esta parte fez-se bem, com vento pela frente mas como era a descer até ao Furadouro... acabou por compensar. Já na N109 foi um pouco mais duro, mas ainda estávamos frescos e o passeio não prometia grandes dificuldades.

Chegados a Esmoriz, voltamos a fazer a estrada da mata em direcção ao Furadouro, para constatar a reduzidíssima presença de ciclistas nesta verdadeira Meca da roda fina!! Pouco mais de uma dúzia no total, se tanto, e alguns montavam tractores como eu.

Depois do pequeno almoço, ala para Ovar e alguma exploração, quando ocorre a ideia de irmos até ao antigo cais do sal, no meio da Ria.

É tudo alcatrão, embora muito mau em alguns sítios. Mas é uma paisagem belíssima. Tenho pena de não ter fotos. É mesmo do melhor que há. O cais é um beco sem saída, no meio de canaviais e pântano e canais navegáveis apenas por bote. Parece que estamos num programa da National Geographic...

Valeu a pena mas ainda tínhamos que voltar para casa, por isso toca de dar corda aos pedais e fazer o percurso de volta.

Cheguei ao fim da manhã cansado, fruto não só do tempo adverso mas principalmente de 15 dias sem exercício e de uma noite "bem passada"...

No final, 59 km's em 2h54' foi o que ficou registado.

Fiquem bem,
Lumitoca

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