14 maio 2007

A minha primeira vez

Saí de casa cedo, com a confiança em alta. Algo me dizia que este ia ser um grande dia. Fiz-me ao caminho, confiante, mas o nervoso miudinho foi tomando conta de mim... será que vou chegar ao encontro a horas? Será que vou chegar muito antes e ficar à espera como um desesperado? A meio do caminho, quando se tornou evidente que iria chegar tarde e começar com o pé esquerdo, a salvação: um sms informou-me que o encontro passaria para 15 minutos mais tarde. Era bem mais do que o suficiente e até daria para relaxar um pouco.

Com a companhia de tantas horas, éramos agora dois mas com um objectivo comum... com a mente virada para esse prazer que, sentia-o agora cada vez mais, não me iria ser negado. Não desta vez.

Deixamo-nos ir por caminhos conhecidos, primeiro devagar, como que a confirmar os passos a dar, depois mais confiantes. Tudo estava a ser bom, os nossos corpos estavam mais quentes, a nossa respiração mais rápida, as nossas pulsações subiam ligeiramente.


Depois, bom... depois tivemos uma distracção. Que acabou por ser um incentivo, mas que, por momentos nos distraiu. Quando nos preparávamos para encontrar caminhos ainda não percorridos, quando queríamos explorar mais a fundo as cercanias daquilo que ambos tínhamos visto várias vezes, fomos confrontados com o contacto de outras companhias. Agradáveis e solicitos, não tardaram a incentivar, brincar connosco e até, mostrar como se faz, como se trilham esses caminhos. Depois deixaram-nos para explorarem os seus próprios terrenos.

Com o espírito renovado, com a certeza do objectivo reafirmada, concentramo-nos. Seguimos em frente, confirmamos o caminho onde tínhamos dúvidas. Paramos para descansar, paramos para saborear onde estávamos, depois de ter tido dúvidas, de quase ter voltado atrás e desistido. Depois das dificuldades em vencer terem sido vencidas, depois de tantas vezes ter estado tão perto, agora já era uma certeza:

100 km's.


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